Saiba mais sobre a Doença Carotídea
Assista aos vídeos do nosso médico especialista, Prof. Doutor Sérgio Sampaio, e fique a saber mais sobre os sintomas e tratamentos para esta doença.
O que é a Doença Carotídea?
A doença carotídea caracteriza-se pelo atingimento do eixo carotídeo por aterosclerose, ou seja, o endurecimento da parede e o estreitamente da zona de circulação dentro da artéria.
Esta doença pode atingir a artéria carótida comum, a bifurcação carotídea ou a artéria carótida interna propriamente dita.
Esta condição merece especial atenção pela possibilidade de criar êmbolos que se vão alojar posteriormente nas artérias cerebrais, podendo provocar um acidente vascular cerebral (AVC).
Fatores de Risco
Os grupos de riscos são semelhantes aos da aterosclerose. Ou seja:
- Fumadores
- Hipertensos
- Diabéticos
- Colesterol elevado
Apesar de esta doença ser mais prevalente em idades avançadas, para ambos os sexos, os homens acabam por ser mais propensos e têm um risco antecipado relativamente às mulheres, que apresentam maior incidência apenas após a menopausa.
Tratamento da Doença Carotídea
Todas as intervenções visam prevenir e baixar o risco de ocorrer um acidente vascular cerebral proveniente da doença da carotídea.
Fármacos
É feito o tratamento através de fármacos antiagregantes (aspirina e clopidogrel) e fármacos que visem a diminuição dos níveis de colesterol, as vulgares estatinas.
Estes últimos devem ser considerados mesmo que o colesterol esteja em níveis normais. Isto porque, uma vez que existe doença, para além de baixar o nível de colesterol, estes medicamentos atuam diretamente na parede da artéria atingida, estabilizando as lesões.
Endarterectomia Carotídea
Em determinadas situações muito específicas, dependendo das características da placa e do facto de já terem ocorrido ou não sintomas neurológicos centrais, pode estar indicada uma cirurgia – a endarterectomia carotídea.
Esta intervenção corresponde à remoção da placa do ateroma, isto é, a remoção da parte da parede que está atingida pela doença e ao encerramento da artéria com o recurso a um remendo artificial ou uma veia removida de outra zona do corpo.
Desta forma é diminuída a probabilidade de novos eventos, bem como o risco de Acidente Vascular Cerebral proveniente daquela localização. No entanto, uma das suas complicações imediatas da cirurgia pode ser mesmo o AVC.
Pós-Tratamento
Os cuidados específicos são os gerais de qualquer cirurgia.
Geralmente, o paciente tem alta até 48h após a intervenção. Depois da recuperação, pode ser retomada a atividade normal do dia a dia.
No que toca às medidas preventivas, é importante que controle para o resto da vida os fatores de risco: não deve fumar e deve medir a tensão arterial, bem como os níveis de colesterol e diabetes.
Médico Especialista
em Doença Carotídea
Prof. Doutor Sérgio Sampaio
- Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
- Doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
- Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular
- Fellow do European Board of Vascular Surgery