Fibroma Pêndulo: O que é, como distinguir de um sinal e qual o tratamento
O que é o Fibroma Pêndulo?
O fibroma pêndulo, ou fibroma mole, é uma proliferação epidérmica muito frequente.
Ao longo da vida, quase todas as pessoas acabam por desenvolver fibromas pêndulos. Correspondem a pequenas projeções de pele normalmente desenvolvidas na área cervical, nas axilas e/ou nas virilhas.
Estes fibromas são lesões frequentes completamente benignas, sem qualquer risco para a saúde do paciente.
Os pacientes procuram tratamento para esta condição dermatológica não porque seja grave, mas porque causa incómodo no seu dia a dia e porque, por vezes, são inestéticos.
No entanto, ocasionalmente, os doentes acabam por traumatizar as lesões e causar sangramento. Pode acontecer após um puxão de um fio no pescoço ou após depilação. Naturalmente, quando isto acontece existe uma preocupação acrescida e acabam por procurar ajuda médica de um Dermatologista.
Porque aparecem os Fibromas Moles?
Existem pessoas que têm maior predisposição para desenvolver este problema.
Habitualmente, é uma lesão esporádica, mas aparecem com mais frequência em pessoas obesas, diabéticas ou, de certa forma, intolerantes à glicose.
Estes grupos de risco começam a desenvolver precocemente fibromas pêndulos, chegando a ter um número elevado de lesões que causam um grande desconforto.
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Como distinguir um fibroma pêndulo de um sinal?
Os fibromas pêndulos são pequenas projeções pediculadas da cor da pele.
Caso tenham uma cor avermelhada, podem ser angiomas ou outro tipo de lesões.
Se forem de cor acastanhada, poderão ser sinais, uma vez que também existem sinais pediculados e salientes que podem mimetizar os fibromas moles. Caso pareça clinicamente um sinal, mesmo que benigno, a sua excisão deverá ser complementada com um exame histológico.
Naturalmente, é necessário sempre um diagnóstico feito por um Dermatologista para que possa ser tratado de forma adequada.
Qual o Tratamento para um Fibroma Pêndulo?
Uma vez que se trata de uma lesão benigna, a técnica dermatológica mais comum é a técnica de corte.
Trata-se de um procedimento simples, feito em consultório, que não necessita de pontos. Quase nunca precisa de anestesia e é utilizado um laser ou bisturi que corta o fibroma pela base e fica automaticamente coagulado.
Dependendo do número de lesões, o tratamento pode demorar entre 10 a 15 minutos. Caso o paciente apresente dezenas de fibromas pêndulos, o procedimento prolonga-se.
Nos dias seguintes, as lesões vão ganhar uma pequena crosta que o doente deve desinfetar. As crostas devem cair naturalmente para que não fique qualquer tipo de cicatriz ou marca.
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Perguntas Frequentes sobre o Tratamento de Fibroma Pêndulo
O tratamento do fibroma pêndulo é doloroso?
Uma vez que habitualmente é utilizada anestesia local, o tratamento é indolor.
O procedimento é rápido?
A duração depende do número de lesões. Se o doente tiver muitas lesões, o tempo da técnica prolonga-se. Se tiver poucas lesões é um procedimento muito rápido.
Como é a recuperação do tratamento?
Uma vez que se trata de um procedimento que não implica pontos na pele, o paciente não necessita de qualquer tempo de repouso e pode ir trabalhar de imediato.
Quais os cuidados que deve ter?
Enquanto está na fase de recuperação não deve expor a zona tratada ao sol. Deve ser feita uma desinfeção com um desinfetante indicado pelo médico e não pode, em momento algum, tirar as crostas. Depois da crosta cair, deve aplicar um creme emoliente, de forma regular, para que a pele recupere o mais rapidamente possível.
Quanto tempo demora a cicatrização da lesão?
O tempo de cicatrização varia de acordo com as características de cada pessoa. Geralmente, ao final de 10 dias, a crosta já caiu e o problema está resolvido.
Após o tratamento existe possibilidade de recidiva?
O tratamento é permanente. No entanto, caso exista uma predisposição para desenvolver estas lesões, não podemos garantir que, com o decorrer do tempo, não possam aparecem novas lesões na mesma área.
Dra. Ana Isabel Moreira
- Dermatologista Estética
- Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
- Especialista em Dermatologia e Venereologia
- Revisora de artigos científicos a convite de revistas internacionais
- Membro da Sociedade Portuguesa de Medicina Estética (SPME)